20170120

Anotações sobre O Demônio da Teoria (Antoine Compagnon)


O demônio da teoria (Antoine compagnon)
840.09C736d
     Crítica literária → experiência de leitura, procedimento intrínseco.
     História literária → concepção e transmissão das obras, quadro social e cultural, intenções atestadas, fontes. Procedimento extrínseco, filologia.
     Teoria literária → crítica da crítica, epistemologia da literatura, dúvida sobre o discurso literário (ainda que certas teorias tenham se tornado método), meta-crítica.
Papel do autor (resposta para o sentido e a significação do texto)

Intenção: Filologia, Positivismo, Historicismo - Explicação
Significação: New Criticism, Formalismo Russo - Significação.

3) leitor com critério de significação

ANTIGA = o valor do texto literário fica atribuído à intenção do autor.
MODERNA = resgata o texto literário em relação à história/psicologia.

(69)O que é um autor? (Foucalt) autor seria uma construção histórica e ideológica.
(68)A morte do autor (Barthes) → contra a ideologia capitalista/burguês

A explicação da obra através de que a produziu. LINGUAGEM.

     Estruturalismo sistemático
     Pós-estruturalismo desconstrutor.

Alegoria procura compreender a intenção oculta de um texto através das suas figuras. Explicar aquilo em um texto que se tornou distante devido ao tempo e costumes.

Anotações sobre o Gótico Urbano



Gótico Urbano

É na relação entre estruturas arquitetônicas e experiências psicológicas que se dá a ideia de gótico urbano. Em O Castelo de Otranto a noção de perseguição e paranoia se dá em referência aos túneis subterrâneos e calabouços do castelo. No século XIX, as preocupações se voltam para o sujeito urbano, a fragmentação e perda da identidade, a cidade apesar de construída pelo homem, torna-se irreconhecível pelo indivíduo, um lugar de ruínas em constante decadência. Esse tipo de caracterização pode ser visto em Drácula, Confissões de um Comedor de Ópio, O Retrato de Dorian Gray, Jeckyll e Hyde.
Textos contemporâneos continuam a lidar com os temas do gótico urbano: Iain Sinclair Downriver (1991), Radon Daughters (1995) e o gótico urbano do futuro pode ser visto em Blade Runner (1982) de Ridley Scott.

Introdução à Edótica (Segismundo Spina 1994)



Introdução à edótica (Segismundo Spina 1994)
82.09S757i
Investigação filosófica → estudo de documentos históricos.
Edótica → publicação, busca da genuinidade literária é o objeto.

Edótica → abrange 2 campos de uma edição crítica.
Crítica textual (campo filológico) e preparação técnica, do texto p/ publicação.
Edótica se fundamenta no método crítico como a História mas dedica-se a investigação literária em detrimento de outros tipos de escrita a exemplo de contratos, testamentos, alvarás, religiosas, filosóficos.
A investigação histórica opera c/ documentos de várias ordens, inclusive literários, apenas esses últimos constituem o objeto primordial da ciência edótica.
Edótica → ponto de chegada do saber filológico.
            → nasceu do amor à poesia do saber de catalogar, comentar, emendar, rever, prover de sumários obras do passado. (exaustão da energia criativa).
Karl Lachmann → criador da edótica moderna. Meados do século XIX. tornou o método científico (em oposição ao método estético que operava desde o Renascentismo) e se desfez da terminologia latina.
Eduard Han → apostilas mimeografadas de AC na regência da disciplina de Teoria Literária na Faculdade de Letras de Assis em 1959, intitulada “Análise Histórico Literária”, que examina os problemas gerais de uma edição crítica, com riqueza de observações pessoais no campo da lit. brasileira.
O corpus textual em que se exerce a História é constituído pelos textos históricos, jurídicos, religiosos, políticos, diplomáticos, textos literários, que podem oferecer informações de natureza histórica. Ao passo que a filologia tem como corpus fundamental o texto literário.

História e filologia se aproximam devido ao texto e método crítico.

Crítica externa → Restauração do documento.
                                         Estabelecimento da autoria.
                             Crítica de procedência.

Crítica interna → Hermenêutica (sentido da obra: alegórico, moral, literal).
                            Crítica de objetividade, sinceridade.
Filologia → concentra-se no texto para explicá-lo, restituí-lo a sua genuinidade e prepará-lo para ser publicado (edótica), restituição do texto a forma original através da crítica textual.
1)    Função objetiva → explica o texto e prepara publicação;
2)    Função adjetiva → acrescenta aquilo que não está;
3)    Função transcendente → busca da cultura do povo, natureza ensaística.

Ciência técnica que tem por fim a fixação crítica de textos literários para publicação.
Estabelecer a genuinidade do texto, torná-lo inteligível, facilitar a leitura, valorizá-lo, publicá-lo.

Three pedigrees of Post-Modernism (Art, Theory, History)



3 PEDIGREES OF POST-MODERNISM 
→ Art
                                                                             → Theory
                                                                             → History

Baroque
The crisis of representation:
Technological innovation in the infrastructure (the economic sphere of productive activities that supports/subvert superstructure Marx) had outstripped the superstructure traditions of visual art. Mass production (photo) replaced handcrafted originality (art).
The deeper question: realism depends on a “mirror theory” of knowledge essentially that the mind is the mirror of reality. This view is challenged by painters such as Cézanne (cylinders, spheres, cones → take ahead by Picasso) and Monet who painted not reality but the effect of perceiving it.
Photography merely reproduces reality, while art took a leap in the new Cubist direction. Cubism rescued art from obsolescence and re-established its authority to represent reality in a way that photography could not.
But photography threatened both traditional and avant-garde art in another sense not recognized until 1936 (Benjamin).
The work of art in the age of mechanical reproduction = Therefore uniqueness/irreplaceability/ irreproducible. The authority of original works derives from theory that classes them as priceless, irreplaceable objects of art. Benjamin argued that the mechanical reproducibility of original art must have a disintegrating effect on the original itself. Mass reproduction makes it trivial.
From Modern to Postmodern: the modern is always historically at war with what comes immediately before it. The Modern ends up being at war with itself and must become Postmodern. (Modo = now/ Postmodern = after just now) in that sense, Modern is always Postmodern.